Caminhar na direcção do caminho, partir na viagem sem fim dos sonhos aleatórios, ilusórios que nos surgem nos intervalos dos silêncios dos dias, nas paragens da noite mundana, recente de tudo o que se diz. Diria que é de passagem mas nem por hora o direi. Seria mentira e a mim não o posso dizer. Ouço passos que na sua origem não sei de onde vêm. Mas chega. Chega e se demora nas encruzilhadas dos dizeres, nas memórias dos fazeres.Não te podes colocar no espírito das coisas, elas nunca virão se esperares por elas. São fugidias, gostam de se esconder, mas à vista, numa brincadeira de criança traquina, na sabedoria da idade avançada da experiência de um velho. É que já cá existe já muito tempo a ideia dos dizeres, dos pensares e dos quereres. E não há mais nada a fazer se não pensar e querer ser ser aquilo que realmente se é sem o saber. Posso até pensar que não, que tudo é imaginação, ilusões das noites esquecidas, mas se assim me fala o coração, como posso eu dizer que não é verdade, tudo aquilo que em mim se cala.
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