Tempo útil de trabalho é onde se gastam os dias e as noites se consomem a pensar nele. Um trabalhador é feito de outra "massa" de outra substância da qual foi alimentado, desde que se lembra que existe. Ao outro, ao de cima, diz que não pode, que lhe doem as costas, as pernas e os dentes, menos a língua.
Ao trabalhador não lhe doí nada, nem as pernas, nem as unhas, porque é feito de outra "massa", uma "massa" de punhos de ferro, braços esculpidos de troncos fortes da mais dura madeira, peito forte de pulmões enchidos de ar fresco e refrescante, sorriso aberto de quem diz: - Deixa-te estar, não te incomodes, eu consigo!
É fácil dizer que não se quer, encostar-se ao lado e esperar que outro alguém faça o que tem de ser feito, mas não para quem tem o trabalho dentro de si, e se consome se o que deve ser feito não o é, porque é arrastado pela preguiça e as mesuras de quem tem mais o que fazer, (que é coisa nenhuma ou pouca talvez) do que o que deve fazer.
É esse o dever, o dever do direito e direito do dever que define um trabalhador! Porque acima de tudo um trabalhador, tem a sua coluna vertebral, sempre na vertical!
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