(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

quarta-feira, 26 de março de 2014

"A flor que nasce no meu jardim"

Existe em mim o desejo de arrancar a flor que nasce no meu jardim. Mas quem disse a mim que é meu aquilo que nunca deixou de ser seu, enganou-me. Não pertence nada a este meu ser que não seja a própria voz de quem em mim me fala, tudo o mais que existe em si mesmo o vale sem que meus olhos o tornem em realidade e em minhas mãos lhes façam nascer vida. Não é a flor que quero arrancar, não é à flor que acho bela, é dentro dela que está toda a beleza que em mim pretendo a conquistar e arrancar há terra, para que na minha posse permaneça e me faça pertencer, crescer e viver a mesma alegria. Que todas aquelas cores se façam em mim sentir. É uma flor do campo, erva daninha de jarra, principio de toda a simplicidade da matéria da vida que se pretende a conhecer! 
Existe em mim uma força que me impele a ela conhecer, entrar em todo o seu ser como se em mim entrasse, percorrer todas as curvas do seu haver e ter mais do que a presença calva da estrutura física da natureza! É todo o seu âmago, toda a centelha de vida que aí está, toda a luz que em si retêm, que eu desejo de arrancar a flor que nasce no meu jardim.

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