No passado era bom, era milho colhido verde e assado na brasa. Sem sal ou coisa nenhuma, era bom. Depois veio o tempo que passou ao largo e o que era bom, tornou-se desenxabido, a saber sem mel. Era coisa ruim, coisa intragável, era coisa do passado, coisa que já era.
Agora se o comer não sei a que sabe, talvez também não me saiba a nada, a coisa alguma sequer. O que o fazia ser bom, não era o milho ser verde, não eram sequer os tempos serem verdes, nem a fogueira ser diferente...Era a fome de querer, era a fome de não saber, era a fome de não ter. Era tudo isso que o fazia bom!
Gostaria de ter partilhado dessa tua fome, Mila, por esse tempo! Partilhei de muitas outras, porém. Especialmente dos que queriam viver e tinham o seu tempo acabado, corroído pela doença. Especialmente crianças, com leucemias... Chorei após elas, os dias a fundo, minha estimada amiga!
ResponderEliminar