(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Na curva da noite a aurora chama neste pedaço de papel rasgado à página escrita de um qualquer livro vindo de um poeta morto, que não sabe que está morto, na mansarda onde vive, respira e come do musgo colhido pelas telhas regadas das chuvas bem-vindas. Ali vê de dia e noite por cima de toda a casa que expele a sua fuligem, o seu fumo negro, de tudo o que deitam ao lume, apenas para aquecerem ao corpo que o resto já não importa. Por cima de tudo isso ele vê o sol que nasce e entra por entre as telhas, escrevendo palavras que ainda não sabe ler....E essa noite já não é noite é outra vez, uma outra vez, era uma vez, as estórias das margem dos rios, das árvores com as raízes banhadas pelas aguas que passam. É uma criança que se balança na corda presa a um ramo de folhas amarelas e vermelhas toldadas pelo vento, que o poeta empurra com a sua pena. 

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