É assim tão difícil dizer, acredito em ti. Não precisas explicar nada que eu acredito em ti. Talvez se eu fosse alta e me vestisse da mesma forma do que está lá fora, talvez se o meu cabelo soasse diferente e não assim assente no risco certo do regular, normal. Normal, toda a gente quer ser normal, que desperdício de tempo e energia em tentar transformar algo que não é, em algo que se tenta ser, e depois já não sabes se foste ou se ainda és. Talvez se fosse tudo isso, não me parecesse estranho o estado de lonjura em que tudo me parece mesmo quando me toca. A roupa, a pele, o cabelo e a boca me fazem estar longe, sem maquilhagem ou superfícies vãs, apenas modo diferente, intocável, intransmissível e verdadeiro, um verdadeiro que ninguém intende ou se intendem preferem virar as costas a ter que voltar a ter de pensar na existência do ser. Que vitória é esta que a nada vale nada, que a tudo permanece igual.
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