Então e aqui estou eu, esta policromática figura que não consegue ser una, que passa da figura dormente e assente na planura de um vale para a ferocidade dos ventos no cimo de uma montanha acometida por uma tempestade sem hora de acabar. Extremos opostos numa figura só. Talvez por isso e talvez não me engane seja assim una e não dupla no outro sentido da palavra que também pode ser dupla. Leve como o ar, sem cor ou pecado se torna na cor carmim do mesmo engano, vozes doces, calmas de monstros adormecidos que ao acordar emergem num sem sentido de todo sentido, nascida do macho e fêmea é assim que sou, suave e perdida por esse rio acima. Louca ou meio louca de sanidade satisfatória de cidadã cumpridora dos deveres civis sem disfarce, mistura-se na miscelânea do que é e que não consegue compreender como viaja em extremos em segundos. Como ninguém se reconhece em duas línguas, também não me reconheço em mim própria.
Sempre em procura de mais, de uma outra identidade, que dê solução ao "Eu" de si própria, perante os outros, perante as coisas, perante tudo, em procura de uma inapreensível identidade que ceda lugar a uma infinitude que nunca logrará, lograremos conhecer até ao último reduto...
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