(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

"Porto"

Quão longe estamos
Quando não somos
Mas ser é tudo
E é sempre encontrado
Nos campos verdes
Na água cristalina
No sol que queima
No vento que beija
Perder-te é sempre encontrar-te
Nessa busca constante
De vento crescente
Bordão de Esculápio
Fonte de águas mansas
Arcadas
Do meu Porto.

1 comentário:

  1. Porto junto à Ribeira
    encostado eu nas ombreiras das vetustas
    arcadas de pedra
    deste meu Porto mirando as águas correntes
    do seu rio
    E eu toda a vida dedilhando a guitarra de Esculápio
    buscar busquei e que encontrei?
    limado pelo cortante vento frio de nortada...
    Encontrar é igualmente já ter perdido
    parte de todo o tempo
    em que não encontrei o encontro do que amei
    Pode cantar a água cristalina gorgolejando
    queimar um sol seco e magro
    de um inverno abandonado pedinte carente
    Se sou
    e o somos
    ouvintes e quedos
    longe quão perto
    Ser é só uma parte do que os outros
    não encontraram em nós
    Porto meu Porto
    paixão dos meus prelúdios
    amor dos meus dias

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