Quão longe estamos
Quando não somos
Mas ser é tudo
E é sempre encontrado
Nos campos verdes
Na água cristalina
No sol que queima
No vento que beija
Perder-te é sempre encontrar-te
Nessa busca constante
De vento crescente
Bordão de Esculápio
Fonte de águas mansas
Arcadas
Do meu Porto.
Porto junto à Ribeira
ResponderEliminarencostado eu nas ombreiras das vetustas
arcadas de pedra
deste meu Porto mirando as águas correntes
do seu rio
E eu toda a vida dedilhando a guitarra de Esculápio
buscar busquei e que encontrei?
limado pelo cortante vento frio de nortada...
Encontrar é igualmente já ter perdido
parte de todo o tempo
em que não encontrei o encontro do que amei
Pode cantar a água cristalina gorgolejando
queimar um sol seco e magro
de um inverno abandonado pedinte carente
Se sou
e o somos
ouvintes e quedos
longe quão perto
Ser é só uma parte do que os outros
não encontraram em nós
Porto meu Porto
paixão dos meus prelúdios
amor dos meus dias