Uma rosa vermelha que vermelho a luz lhe trouxe, mas se não o fosse seria ainda rosa que rosa não é nome, nem cor mas flor. Hoje não há luar e as estrelas no céu as conta, o vento a sopra e a agita ao seu sabor mas de raízes se agarra à terra onde plantada fora, com mãos dedicadas da esperança de a poder abraçar mesmo que agreste as possa magoar. Não importa a efemeridade da cor, da beleza ou dor se é o seu perfume que perdura e aviva a memória de um só olhar, de sonhos imensos, de ternuras sóbrias, da vitoria de liberdade por se saber a verdade.
Emília! Gostei mais deste!... Um texto que nos mostra alguém mais afectuoso, menos ríspido... E como eu não sei ser outra coisa, que um homem de afectos, senti as suas palvras com muito sentimento. Eis um texto que me fez lembar essa extraordinária peça de teatro que já não vi colocada em cena pelo João Vilaret, mas por outros, e tinha o título "Esta noite choveu prata"!... Hoje, não houve luar, mas choveu prata! Muito belo. (Não me recordo já do autor da peça). É muita coisa a envolver-me...
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