(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Arcadas"

Tempo de espaços vagos, vazios ocos, repetição de olhares perdidos, sonhos de outros lugares, pensamentos em melancolias prenhe de desejos não cumpridos, não importa ou se importa a hora é agora, a de entrar nesse deserto de apenas esperanças, de realidades ilusórias, e no entanto talvez já tenha partido, e é lá que ele está, o órgão que pulsa a vermelho vivo a pura arte da fantasia. Alguém caminha a meu lado, mas não sei quem é porque não o vejo, não o ouço, não o sinto, a minha mente corre em outra estrada numa outra direcção, onde vou, para onde, para quê, porquê e porque não se esse não me faz sair de mim e voar para as arcadas do meu sorriso que o faz levantar mesmo quando não o vejo, e vêm em mim a mim como se viesse do fundo de um sonho. 

1 comentário:

  1. Quantos caminham a nosso lado, e não os vemos, talvez nunca os quiséssemos ter visto, e não os sentimos, porque os nossos olhos, o nosso pensar, a anunciação do prazer que nos afoga a alma só está em nós?!... Não a cedemos a ninguém. Pois que, alguém, esse "alguém" para nós, para o nosso egocentrismo é permanentemente "ninguém". Nunca sequer existiu... Não mais os outros podem continuar a ser miragens virtuais, fantasmagóricas, espaços vagos, presenças aparentemente não sentidas, figuras reais transformadas em irreais! É que os outros - assim - acabam por sermos nós próprios, desprezados por nós mesmos!...

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