Por vezes as pessoas há minha volta aborrecem-me de tal maneira que chego a odiar-me por as achar tão desprezíveis...Não, é mentira eu não odeio sinto indiferença o que ainda é pior porque odiar é sentir. Finjo que está tudo bem porque sei que tudo foi um jogo e que sou um peão na sua história, faço-me de heroína da minha mas é uma mentira escondida por um simples véu.
Quero liberdade, fugir de mim e do que os meus olhos vêm, correr, correr, correr...Gritar...
E aborrecem-na porquê?!... Por elas, por essas pessoas?... Por si, em si?!... Ou porque "odeia" o mundo mesquinho que elas em magote, em conjunto tendem a formar?!... Sim! Partilho mais dessa postura a que chama "indiferença"... Tem outro sabor, mesmo longe do que se considera ético em grupo. Desculpe-me! Mas, - eu penso - que não existem "verdadeiras" mentiras, Emília!... A que apelida de mentira é quase sempre a verdade do outro demasiado repetida. Saúdo-a pela sua auto-análise introspectiva! Embora traduza sofrimento e repulsa, encontra-se adequadamente construída - refiro-me ao que expõe no texto. A sua indiferença pelo que os outros mostram ou dizem é uma vitória do seu Ego, uma forma de "Insigh", em termos de psicanálise. Por outras palavras, uma vitória sobre si mesma!... Daí, ser necessário fugir de si, que é o mesmo que fugir dos outros. Deixe correr, diliuirem-se os assuntos por esse ribeirinho abaixo... O silêncio vence esses pequenos ou grandes contratempos. E de uma forma!... Tento compreendê-la, creia, mesmo sem perceber o contexto - por falta de dados - em que o escreve, o contexto que a faz expelir esse tão sincero desabafo. Tente não percepcionar demasiado, não assimilar o que se passa ao seu lado. É mais feliz, então! Admirava-a mais na postura tolerante, só aproveitando para si o que lhe agrada mais. Vamos a isso?... Sinceramente. Assina: quem se preocupou hoje consigo.
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