No silêncio dos silêncios, dos espaços abertos que nos falam, nos dizem e repetem, vejo-me e vejo-te como sempre. O tempo muda, a vida se reforma e transforma mas nós cá estamos enquanto cá ficarmos. Simples desse modo, nada mais que isso, somos como sempre fomos, o elo de ligação de duas estradas numa encruzilhada a olhar em direcções opostas com as nossas mãos dadas atrás das costas. Vejo-te muito mais que a ti muito mais que a mim sem nos olharmos, assim é a vida que nos separa mas nos cruza. Sempre crescendo na força do que sempre foi. Queria que visses o que vejo, que sentisses o que sinto mas não te saberia contar como é porque as palavras não contariam sequer o que tenho quanto mais o que te quero dar. Agarra-me então e no silêncio seremos livres.
Anelos e sorrisos. O olhar, o "ver" como compostura, longínquo modo de estar e desejar.
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