(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

domingo, 11 de setembro de 2011

"Quase tanto"

Gosto de escrever quase tanto como de ler. Gosto da dualidade das frases e de como uma só palavra, tem a capacidade de se transformar em virgula, de um momento, de um respirar fundo, para se preparar para a palavra a seguir, no momento a seguir, que nos prende ou não até ao fim da frase, até ao final da história.
Palavras podem, para dez pessoas que as lêem, surgir com dez  interpretações diferentes, ou apenas uma só. Posso ler hoje um texto e pensar que se refere a uma explicação do assunto e ler amanhã ou daqui a dez anos e compreender as palavras de outras duas formas. Porque não são as palavras que nos "falam", mas sim quem lê que conforme se apresenta perante a escrita, as compreende da maneira que quer intender. São as nossas vivências no dia-a-dia que nos fazem olhar para o mundo de uma forma ontem, hoje e amanhã e que nos fazem interpretar o que lemos da forma como as queremos ler. 
Por isso posso contar uma história e ser lida de varias maneiras diferentes consoante for lida por diversas pessoas e por essas mesmas pessoas por diferentes maneiras ao longo da sua continua existência e alteração da forma como encaram o mundo que as rodeiam, ou podem conseguir compreender o que eu quis dizer dizer naquele dado momento e conseguirmos "falar" num só reflexo. Tudo depende se estamos a "olhar" para o mesmo. 

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