Respiro fundo
E sinto o bater
Dentro do meu ser
Respiro fundo
Toda a alma
Não vale nada
Está inacabada
Precisa desta calma
Respiro fundo
E sinto o gozo
Dentro do meu corpo
Respiro fundo
Estou aqui
Para te ouvir
Estou aqui
Para te sentir
Respiro fundo
...
Respiro fundo
...
(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
"Mais que nada"
Houve uma altura que admirava imenso o Herman José (humorista português), não como pessoa, pois acho que todas as pessoas têm qualidades e falhas, e há que retirar apenas o que consideramos "bom exemplo" em cada uma delas, mas pela sua rapidez de raciocínio em conseguir ter sempre na ponta da língua a palavra perfeita para o inicio de uma boa gargalhada.
Certo dia uma jornalista perguntou-lhe a pergunta pela qual ansiava saber a resposta: como é que ele fazia para conseguir ter sempre algo a dizer. Para meu grande espanto disse que não é algo com que se nasça, mas para a qual é preciso muito treino. Como queria ter a sua perspicácia no dom da palavra treinei-me a mim mesma durante imenso tempo e quando finalmente consegui fazer alguém rir foi ouro sobre azul.
Hoje em dia analiso outros comediantes e descobri que as suas observações que eu considerava apenas suas, não o são, pois com ele e para ele trabalhavam muitos outros humoristas que lhe escreviam as suas rabulas e estes provavelmente foram inspirar-se em outros, tal como eu me inspirei nele.
Nada é original, tudo surge de algo, como as lendas inspiram a realidade também a realidade inspira as lendas. Então o que interessa quem disse primeiro ou quem descobriu primeiro. Porque se aprofundar-mos muito a questão vamos descobrir que as palavras não têm principio nem fim e o nada é mais que nada quando se faz alguém sorrir ao ouvir uma história.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
"Três dias"
Curioso como achamos que tudo o que nos cerca, circula à nossa volta como se nos servissem.
Se pedirmos a alguém para se sentar durante três dias na mesma cadeira à mesa, ao quarto dia se tiver de se mudar para outra, achará e embora não o diga um certo desconforto, pois aquela cadeira, aquele lugar pertencia-lhe, era seu.
Fazemos o mesmo com as pessoas que estão há nossa volta, como se tivessem de estar onde queremos que estejam, dizer o que queremos que digam, pensem como nós, ajam como nós, nos apoiem, nos consolem, nos controlem...Mas ninguém é de ninguém, coisa alguma é de alguém. Nem nós somos de nós próprios, pois muitas vezes não conseguimos controlar quem somos ou o que queremos, quanto mais controlar o poder de se sentar numa cadeira, que pensamos ser nossa.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
"Tudo muda, tudo se transforma"
Tudo muda, tudo se transforma, nada permanece igual.
Alguém morre e "depressa" se esquece a cor do cabelo, o perfume da pele, o som da sua voz, a primeira vez que se viram, a última, o que disseram, o que sentiram... Mais cedo ou mais tarde, apenas resta uma leve sombra de memória, que por vezes nos mente.
Eu não quero esquecer, odeio esquecer, é como se algo não fosse importante e tivesse de ser colocado em outra "prateleira", não faz sentido...e mesmo assim as memórias partem e esqueço o que não quero esquecer restando apenas um sentimento de que não sei mais se é verdadeiro porque não sei mais de quem é, se de quem me lembro, se de quem sonhei, se de quem esqueci...
terça-feira, 13 de setembro de 2011
"Mulheres"
As mulheres podem definir-se em três categorias: as bonitas, as inteligentes e as engraçadas.
As bonitas, que por o serem, na sua maioria não tentam ser mais do que isso, pois por mais disparates que digam, fazem-no sempre com muita beleza.
As inteligentes, que por não serem na sua maioria bonitas, tentam alcançar a atenção do mundo com imenso discernimento e uns óculos ao fundo do nariz.
E as engraçadas, que por não serem bonitas ou inteligentes, tentam ter graça e fazer rir. Nascem com cara de joelho, em adultas têm expressões de azia, e na velhice nada mais divertido do que ver alguém sem dentes e com alzheimer, ou seja uma vida dedicada à palhaçada.
HiHiiiiiiiiiiiHi.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
"Tarde de mais"
Por vezes temos a estúpida presunção de que podemos esperar por amanhã, como se esse amanhã nos fosse garantido ou devido. Passado e presente são constantes e palpáveis nas memorias, mas o futuro é uma mera possibilidade, como um jogo de roleta russa, com apenas 50% de hipóteses de dar certo.
E mesmo sabendo tudo isso, por vezes apostamos num futuro em que talvez já amanhã seja tarde de mais.
domingo, 11 de setembro de 2011
"Mil palavras"
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras e eu concordo, mas não quer dizer que sejam todas verdadeiras pois uma imagem também pode mentir mil vezes. De uma foto tirada em um único segundo de história, sem se saber o que aconteceu antes ou depois desse momento e em que circunstancias foi tirada, podem ser criadas mil histórias e nenhuma ser verdadeira. Tal como para criar uma foto são precisos três momentos: o antes, o durante e o depois, também para se analisar profundamente o verdadeiro significado de uma foto será necessário analisar esses três momentos, ou então esquecer tudo e apenas "olhar" para a beleza da foto e aceita-la tal como ela nos é apresentada, sem mil palavras.
"Quase tanto"
Gosto de escrever quase tanto como de ler. Gosto da dualidade das frases e de como uma só palavra, tem a capacidade de se transformar em virgula, de um momento, de um respirar fundo, para se preparar para a palavra a seguir, no momento a seguir, que nos prende ou não até ao fim da frase, até ao final da história.
Palavras podem, para dez pessoas que as lêem, surgir com dez interpretações diferentes, ou apenas uma só. Posso ler hoje um texto e pensar que se refere a uma explicação do assunto e ler amanhã ou daqui a dez anos e compreender as palavras de outras duas formas. Porque não são as palavras que nos "falam", mas sim quem lê que conforme se apresenta perante a escrita, as compreende da maneira que quer intender. São as nossas vivências no dia-a-dia que nos fazem olhar para o mundo de uma forma ontem, hoje e amanhã e que nos fazem interpretar o que lemos da forma como as queremos ler.
Por isso posso contar uma história e ser lida de varias maneiras diferentes consoante for lida por diversas pessoas e por essas mesmas pessoas por diferentes maneiras ao longo da sua continua existência e alteração da forma como encaram o mundo que as rodeiam, ou podem conseguir compreender o que eu quis dizer dizer naquele dado momento e conseguirmos "falar" num só reflexo. Tudo depende se estamos a "olhar" para o mesmo.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
"Matar o bicho"
Era uma vez...
O padre Miguel era novo na aldeia e para a sua primeira missa pediu apoio ao ajudante do padre anterior.
Eram oito horas da manhã e tudo decorria na perfeição durante a missa, até ao momento em que o padre viu uma pequena aranha a subir pelo copo do vinho da Eucaristia, já cheio.
O padre vira-se para o seu ajudante e diz baixinho:
- Ó Guilherme mata o bicho.
- Desculpe senhor padre mas não posso fazê-lo aqui dentro da igreja.
-Ó Guilherme mata o bicho.
-Ó senhor padre não posso, seria um pecado muito grande, só o senhor padre é que o pode fazer.
-Ó Guilherme mata o bicho, não vês que estou a dar a missa, não a posso agora interromper. Vá lá, mata o bicho. Tens a minha permissão.
- O senhor padre é que sabe.
- Sim sei, mata o bicho.
O Guilherme agarra então no copo de vinho e bebe-o de uma só vez.
- Ó Guilherme o que fizeste, eu disse-te para matares a aranha e tu bebes o vinho da Eucaristia. Vais para o inferno.
-Mas o senhor padre é que mandou, é que aqui na aldeia, matar o bicho é beber um copo de vinho logo de manhã.
(baseado em factos verídicos)
O padre Miguel era novo na aldeia e para a sua primeira missa pediu apoio ao ajudante do padre anterior.
Eram oito horas da manhã e tudo decorria na perfeição durante a missa, até ao momento em que o padre viu uma pequena aranha a subir pelo copo do vinho da Eucaristia, já cheio.
O padre vira-se para o seu ajudante e diz baixinho:
- Ó Guilherme mata o bicho.
- Desculpe senhor padre mas não posso fazê-lo aqui dentro da igreja.
-Ó Guilherme mata o bicho.
-Ó senhor padre não posso, seria um pecado muito grande, só o senhor padre é que o pode fazer.
-Ó Guilherme mata o bicho, não vês que estou a dar a missa, não a posso agora interromper. Vá lá, mata o bicho. Tens a minha permissão.
- O senhor padre é que sabe.
- Sim sei, mata o bicho.
O Guilherme agarra então no copo de vinho e bebe-o de uma só vez.
- Ó Guilherme o que fizeste, eu disse-te para matares a aranha e tu bebes o vinho da Eucaristia. Vais para o inferno.
-Mas o senhor padre é que mandou, é que aqui na aldeia, matar o bicho é beber um copo de vinho logo de manhã.
(baseado em factos verídicos)
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
"Eu só quero é ser feliz"
O meu desejo é ser feliz.
Só. Simples, um único desejo.
Energeticamente eufórica, mas em paz comigo mesma, prazerosa, satisfeita, alegre, afortunada…
Sonhar com sonhos e sentir-me satisfeita com o próprio sonho em si.
Conquistar todos os dias, todas as horas, todos os segundos, o maior bem …ser feliz.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
"Tudo se repete"
Se já foste roubado uma vez na vida, provavelmente serás outras vezes, se já perdeste ao jogo, perderás outras vezes, se já fizeste amigos verdadeiros, farás outros mais, se já caíste uma vez, caíras muitas mais, se já venceste uma vez, vencerás novamente.
A vida é um ciclo vicioso de acontecimentos que nos trazem e levam partes de nós, a uma velocidade difícil de analisar o que parte e o que fica desses acontecimentos e muitas vezes sem se dar o seu devido valor.
Por vezes é necessário fazer uma grande viajem de acontecimentos constantemente repetitivos, aprendendo aos poucos, pedaço por pedaço, sobre o que realmente é importante permanecer, para encontrar algo que esteve sempre ao nosso lado desde o inicio da viajem.
"Quando os idiotas se tornam filósofos"
Era uma vez...
Estava o pessoal na descontracção na esplanada no café, quando entra um tipo extremamente enervado a pedir uma mini para acalmar os nervos...
Estava o pessoal na descontracção na esplanada no café, quando entra um tipo extremamente enervado a pedir uma mini para acalmar os nervos...
-Então pá o que é que se passa contigo.
-É pá ia-os matando...eram uns cinco ou sete...todos em fila....
-A QUEM????
-É pá ia eu muito descansadinho pela estrada...e aparecem-me uns piliglinos no caminho, todos em fila, e nenhum se arredou..
-Piliglinos??
-Sim pá piliglinos, aqueles que andam em fila, uns atrás dos outros, parece que não se sabe quem é que é o chefe, todos de amarelo, ainda por cima agora no verão são aos magotes, parece que caiem dos pinheiros que estão à borda da estrada. É pá ia-os matando...é que eles não se arredam e atravessam de qualquer maneira...se eu não me arredasse...eram para aí uns cinco ou sete...todos em fila....
-Pliglinos? Mas o que são piliglinos? São os bichos "pessenhentos" dos pinheiros? Não é preciso ficares tão enervados por matares meia dúzia de bichos venenosos...
-NÃO PÁ. Piliglinos pá, as pessoas que vão a pé para Fátima, uns atrás dos outros, em fila, de amarelo e aos magotes agora no verão...
-PEREGRINOSSSS.
-Tão a ver, afinal vocês sabem o que são...cambada de idiotas.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
"Bom dia"
Um óptimo dia é aquele em que se começa a ouvir as palavras certas, as que queremos ouvir e não as que pedimos para nos dizerem. Palavras que nos tocam, transformando as horas em segundos, mendigos em heróis. O dia passa a ser uma eternidade de conquistas concretizadas, onde se a morte vier, será o final feliz do conto de histórias, em que "Era uma vez...".
domingo, 4 de setembro de 2011
"Pontes a atravessar e pontes a destruir"
As decisões mais difíceis de se tomar, são as em que temos de escolher, entre que pontes atravessar e que pontes destruir. Atravessar uma ponte significa querer algo que se encontra do outro lado, um meio a ser usado para se conquistar um objectivo.
Mas como escolher uma ponte segura para o fazer se não conhecemos toda a sua estrutura arquitectónica, se apenas vemos uma metade dela, a que está à superfície e mesmo essa poderá camuflar as suas lacunas com tinta e sujidade da passagem do tempo. Pudemos analisá-la durante muito tempo e mesmo assim não saber se é a melhor opção ou num segundo a decisão ser tomada por um simples acontecimento aleatório, como o voo de uma cegonha que parte do seu ninho que tinha no topo da ponte, abandonando os seus filhos. Aí sabemos que não teria valido a pena atravessa-la, como provavelmente sempre o soubemos. Ela não abandonaria o que tinha de mais precioso se não tivesse a certeza de que tinha de partir.
A vida de uma maneira ou de outra nos mostrará o caminho a seguir, basta estar atentos e abrir a mente.
Sorrir é inevitável, mas também triste no sentido em que ao ver toda aquela enorme construção se desfazer em pequenos pedacinhos sem qualquer possibilidade de reconstrução com os mesmos matérias, existe um sentimento de tempo perdido a contemplar e a medir a possibilidade de algo que não se concretizou. Sorrir uma segunda vez é compensador pois significa que teremos uma segunda oportunidade de atravessar, que não ficámos perdidos pelo caminho. Apenas temos de encontrar uma outra ponte ou construir nós mesmos uma.
Mas como escolher uma ponte segura para o fazer se não conhecemos toda a sua estrutura arquitectónica, se apenas vemos uma metade dela, a que está à superfície e mesmo essa poderá camuflar as suas lacunas com tinta e sujidade da passagem do tempo. Pudemos analisá-la durante muito tempo e mesmo assim não saber se é a melhor opção ou num segundo a decisão ser tomada por um simples acontecimento aleatório, como o voo de uma cegonha que parte do seu ninho que tinha no topo da ponte, abandonando os seus filhos. Aí sabemos que não teria valido a pena atravessa-la, como provavelmente sempre o soubemos. Ela não abandonaria o que tinha de mais precioso se não tivesse a certeza de que tinha de partir.
A vida de uma maneira ou de outra nos mostrará o caminho a seguir, basta estar atentos e abrir a mente.
Sorrir é inevitável, mas também triste no sentido em que ao ver toda aquela enorme construção se desfazer em pequenos pedacinhos sem qualquer possibilidade de reconstrução com os mesmos matérias, existe um sentimento de tempo perdido a contemplar e a medir a possibilidade de algo que não se concretizou. Sorrir uma segunda vez é compensador pois significa que teremos uma segunda oportunidade de atravessar, que não ficámos perdidos pelo caminho. Apenas temos de encontrar uma outra ponte ou construir nós mesmos uma.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
"Por vezes encontramos o nosso destino no caminho que escolhemos para o evitar"
Hoje estive a ver uma entrevista de Steve Jobs em que ele falava sobre ter desistido de estudar e como esse facto o influenciou no futuro.
Acho que temos algo em comum, não que me acho um génio da informática, muito pelo contrário, mas concordo com o que ele diz, que por vezes, andamos às voltas com a nossa vida sem saber bem o que queremos fazer com ela, quando durante essa simples busca já estamos a construir o nosso futuro.
Por vezes acho que a vida tem um sentido de humor negro muito peculiar, porque por mais que queiramos fugir de algo sempre o encontramos pelo caminho. Memórias do passado assaltam-nos no presente para que construamos um futuro com elas, como um enorme ciclo de vida sem principio nem fim, sem que consigamos dar um passo em frente sem que as usemos em nosso proveito.
"Por vezes encontramos o nosso destino no caminho que escolhemos para o evitar"
Fernando Pessoa
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