(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

quarta-feira, 7 de maio de 2014


Nasci depois da carne ser exposta à luz, depois do grito da vida em mim ter surgido, antes das palavras! 
Palavras que sempre escrevi sem papel ou tinteiro, antes de saber dar-lhes uso! Sei do dia em que me entendi como gente, que era gente, que olhei para mim com os olhos dos que de fora me viam mas que não me entendiam. Não entendiam. Sabia que estava, que não era  boneca nem trapo, estátua ou enfeite. Era gente quente que entendia, gente que sabia que era viva e gente!
Há quem diga que é brincadeira ser gente! Com adornos e coisas que entretêm deve ser divertido brincar a ser gente! Mas nem toda a gente nasce gente, é preciso ser-se gente para se saber o que é ser gente! Escrevo em mim desde esse dia, desde o dia em que de mim falavam, como se ali não estivesse, ou não tivesse entendimento para o saber, mera criançola que de nada sabe e de tudo se diverte!
O Tempo faz em si as vontades e não deixa ao Homem em si se rever as estórias que nos outros mais pequenos encarna, não sabe, não quer saber, não se quer lembrar que antes também já foi gente!...Eu, não me quero esquecer! 

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