(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)
quarta-feira, 28 de maio de 2014
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Não me sinto em lado nenhum, em lado nenhum é o meu posto, o chão em que sente, e me assente de saber que é ali que quero estar! É ridículo pensar que nasce tão igual se sinta assim tão longe e diferente...mas é assim que me sinto. Sem parte nenhuma, sem coisa igual a nenhuma, tudo tão longe e distante!
Guia aberto de uma longa travessia, num eterno sol ardente, de que não há memória, de que não há presente! Estando eu assim ausente no meio de toda essa gente, assim me chamo eu ainda de gente que não sei ser outra coisa, embora seja o que me desperta o sentido de ser!
Não há prazer ou comunhão se não se sente onde se está, se as portas estando abertas parecem eternas fechadas sem ponto de saída ou fuga, e mesmo que fuja para onde iria senão em mim, que me encontro sempre pois não tenho para onde ir. Onde estar, sem mais demoras, cair e deixar cair, o que se é, o que sabe, o que não...!!
Nada a mim me toca, miragem ao longe que nunca se chega a tocar. Foge da minha vista e me deixa só! Só desde o inicio e ainda assim não me habituo ao não saber quem são os outros, o que fazem por aí, que deambulam e não me dizem nada! É a minha presença que me faz em mim pensar assim, não me sentindo em lado nenhum e em nenhum lado querer estar!
Estive ausente em toda a minha plenitude, imagem de mim fora de mim numa curva enrolada, sem ponta nem medida. Era o que era sem o ser e a mim chamava o que seria se ainda o fosse.
Nada a mim me toca, miragem ao longe que nunca se chega a tocar. Foge da minha vista e me deixa só! Só desde o inicio e ainda assim não me habituo ao não saber quem são os outros, o que fazem por aí, que deambulam e não me dizem nada! É a minha presença que me faz em mim pensar assim, não me sentindo em lado nenhum e em nenhum lado querer estar!
Estive ausente em toda a minha plenitude, imagem de mim fora de mim numa curva enrolada, sem ponta nem medida. Era o que era sem o ser e a mim chamava o que seria se ainda o fosse.
domingo, 25 de maio de 2014
Formato real sobre todas as coisas invisíveis desta nossa natureza absurda do tempo em que se está. É a parte em que tu te apresentas, que te chama e repete o teu nome como se de tábua rasa fosse aquilo que és. Linhas abertas, em fuga, no horizonte perdido da linha do olho. Aquele caminho ardente, iluminado por mil tochas, num sentido certo de que tudo o que apanho é meu.
Existe uma tremura em tudo o que se sente, em tudo o que se quer real, numa harmonia descontrolada, do caos organizado!
Existe uma tremura em tudo o que se sente, em tudo o que se quer real, numa harmonia descontrolada, do caos organizado!
quarta-feira, 21 de maio de 2014
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Eu estava num certo lugar, a uma certa hora, num certo espaço, que agora não me lembro nem quero recordar! Mas estava. Estava, e estava como se não estivesse. O que via era tudo em volta num nevoeiro cerrado, frio e vento e gelo e eu não me lembrava. Não me lembrava ao que era, de que era e de onde vinha, o que tinha sido e porque teria acontecido. Ninguém me entendia! Riam, zombavam, ridícula figura era o que eu era...Sou, sem a constante mudança de quem era e continua a ser!
E perguntas tu onde estás, que testemunho é esse que te incomoda a todas as horas de entrada ou saída, aquilo que não te faz dormir, o que te traz as noites ensoalheiraras e mornas sem pinga de paixão, ardor ou sabor de quê.
Pensando assim, na sorte e na morte, no que faz crescer e morrer, ao que tudo indica que é o prazer de se estar não se estando, que sem certezas nos encontra no cimo de tudo o que nos mendiga os sentidos que nos acolhem e aconselharam, medíocres, hipócritas, egoístas do nosso ego e a tudo olha e a tudo faz seu.
Pensando assim, na sorte e na morte, no que faz crescer e morrer, ao que tudo indica que é o prazer de se estar não se estando, que sem certezas nos encontra no cimo de tudo o que nos mendiga os sentidos que nos acolhem e aconselharam, medíocres, hipócritas, egoístas do nosso ego e a tudo olha e a tudo faz seu.
Queria a tudo render, a tudo saber! Se a estória original era a que tinha escrito, se a ela a tinha reescrito e feito dela escrava da minha já tão pouca memória. E era assim que diria se a ela, ela, me deixasse dizer o que tinha cá dentro desde o principio que me lembro que sou eu que escrevo e não outro, outro pesaroso ser que acha em mim nada, nada, vulgar e seco. Sou eu que escrevo em terreno, fértil e areado pronto para ser semeado, colhido e voltado a plantar. No lugar, onde estava aquela hora!!
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Nasci depois da carne ser exposta à luz, depois do grito da vida em mim ter surgido, antes das palavras!
Palavras que sempre escrevi sem papel ou tinteiro, antes de saber dar-lhes uso! Sei do dia em que me entendi como gente, que era gente, que olhei para mim com os olhos dos que de fora me viam mas que não me entendiam. Não entendiam. Sabia que estava, que não era boneca nem trapo, estátua ou enfeite. Era gente quente que entendia, gente que sabia que era viva e gente!
Há quem diga que é brincadeira ser gente! Com adornos e coisas que entretêm deve ser divertido brincar a ser gente! Mas nem toda a gente nasce gente, é preciso ser-se gente para se saber o que é ser gente! Escrevo em mim desde esse dia, desde o dia em que de mim falavam, como se ali não estivesse, ou não tivesse entendimento para o saber, mera criançola que de nada sabe e de tudo se diverte!
O Tempo faz em si as vontades e não deixa ao Homem em si se rever as estórias que nos outros mais pequenos encarna, não sabe, não quer saber, não se quer lembrar que antes também já foi gente!...Eu, não me quero esquecer!
Há quem diga que é brincadeira ser gente! Com adornos e coisas que entretêm deve ser divertido brincar a ser gente! Mas nem toda a gente nasce gente, é preciso ser-se gente para se saber o que é ser gente! Escrevo em mim desde esse dia, desde o dia em que de mim falavam, como se ali não estivesse, ou não tivesse entendimento para o saber, mera criançola que de nada sabe e de tudo se diverte!
O Tempo faz em si as vontades e não deixa ao Homem em si se rever as estórias que nos outros mais pequenos encarna, não sabe, não quer saber, não se quer lembrar que antes também já foi gente!...Eu, não me quero esquecer!
sexta-feira, 2 de maio de 2014
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