A noite chegou e ainda não cheguei. A lua se vestiu, o frio passou, a água parou. O pássaro cantou e não sei o que mais se passou. Espero debaixo da janela, a estas horas, a todas a horas que me a abras.
Choro à noite pelas perdas que ainda guardo, que nunca foram minhas de verdade, da verdade que não é minha. Choro não das memórias porque para existirem memorias, os factos não seriam mais vivos, mas a certeza é que vives e por isso choro. Choro porque vives e corres e te alegras e choras e existes e és real. És vida e cor que não me deixas viver na noite escura, porque o escuro não existe!
Uma dedicatória muito bela!... Marravilhosa como intróito para um livro de poemas ou mesmo de prosa. Concebo-a dirigida ao leitor da obra. Este trecho, ele próprio é prefácio... de algo.
ResponderEliminarPara além desta aplicação pode constituir uma amabilíssima mensagem de amor.
Intocável!
Mila!... Raramente escreveste tão bem.