(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Estou feliz, o sol brilha e o barco onde navego nas calmas aguas do mar agita-se suavemente empurrado por uma leve brisa que sacode a o meu cabelo mas ainda assim deixando passar o calor, quente que passa através das nuvens sem lhes tocar para vir aquecer o meu corpo branco e sedento de cor. As gaivotas voam no céu azul, a areia é branca com leves traços de pérola e terra, ao longe as crianças correm onde as ondas lhe salpicam as pernas de água salgada e assim a vida se move comigo a olhar o horizonte levantando o braço ao alto para que a luz não me cegue e mas me deixe ver em tudo e tudo em plena harmonia com o que me toca...
E no entanto eu deixo-me cair, num cansaço que não sei explicar, porque não existe nada em concreto, nada real, mas assim me sinto, na melancolia dos dias, dos saberes e dizeres que torna tudo igual e sem sabor. Sou um naufrago do meu próprio barco que levantei hoje de madrugada para trazer ao mar, que desejava conhecer e agora me esmorece.  
Uma onda do mar é empurrada pelo vento e impulsionada pela agua, recua e sobe alto, agarrando e puxando toda a agua que encontra pelo seu caminho, na viagem que percorre até ao limite do mar, à rocha, à areia, aos pés de quem encontra, ali se permitir a morrer e recua vazia para dentro outra vez. 
A minha onda, a onda onde viajo não é essa, a minha onda é a curva da onda...a curva da onda...

1 comentário:

  1. ... Esmorecer à beira de água, em amorosa contemplação!...
    Muito bem desenhado, numa escrita corrente, em fuga, doce...
    Gostei!

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