Um beijo, dá-me um beijo, um beijo quente, encosta a tua face à minha, suavemente, esmaga-me essa tua pele contra a minha e faz dela uma só, porque estou só hoje, vem ter comigo, dá-me um beijo, um beijo ardente, é noite, estou à tua espera e não consigo descansar esta minha alma que de tão inquieta estranha que já não venhas, dá-me um beijo de chegada e despedida, faz-me sentir aqui ao pé de ti, diz que gostas de mim sem o dizeres, dá-me um beijo sem te pedir, de surpresa boa, sem contar as vezes que o fizeste, como se fosse a primeira vez que me visses depois de uma longa ausência, dá-me um beijo com se me fosses perder, dá-me um beijo de agora de sempre para todo o sempre mas volta outra vez, dá-me um, dá-me um beijo, um beijo rápido já não me importo que seja assim, mas vem. Dá-me um beijo mãe e eu ficarei bem.
Anelos de afecto, desejos, súplica repetida e persistente, anúncio de esperanças maiores e infinitas, tudo isto contém este poema de regressos lonjínquos, um poema muito belo!...
ResponderEliminar...mas por ele passa também grande dose de angústia!... Um poema morfologicamente quase perfeito!
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