(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Vomitas todas essas palavras, foscas, toscas, repetidas pelos outros de tudo o que hás-de dizer. Não és tu a ti que vais dizes quem és. Porque és, vais dizer a mim quem és. Porque és repetição, dizeres de dizeres, palavra da palavra que o vento acaba de trazer de outros desertos. Palavras que aos outros parecem diferentes de ser, a ti te soam iguais, sem novidade, inercia de um tudo que na verdade não é. 
Invisível carta de uma certa incerteza. Fantasia invisível, de uma história inacabada. Era assim que eu queria ser, ser assim e mais nada. Alimento da alma que dura mais que a carne, intervalo entre o meio tom do que o que se disse e deixou de dizer. Tempo sem tempo fixo de contrastes. 

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