(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A morte sempre chega numa manhã de terça-feira ociosa, quando não se está à espera. Nem no principio, nem fim, no meio de tudo!
Tudo está longe, fora de si, ao contrário, no inverso do reverso. Apalpas e não encontras nada, A morte é assim, um pedaço de fio branco ao qual te coseram dares por nada.
Ouço um toque ao fundo da rua, é silêncio, são horas que nãos nos dizem nada e ainda assim parece que está tudo dentro de mim me exigindo uma resposta. 

"Assim como és!"

Como a tudo o resto que nos persegue, com as suas ideias impostas que querem ser levadas como certas, assim me vês! Preocupações que a nada interessam, que de nós assim nos afastam. 
Vejo uma árvore há minha frente, à minha vista parece que não é ela, é uma coisa ali que está presente, uma coisa que olha, uma coisa que se mexe, uma coisa que sabe quem nós somos sem nós lhe termos dito nada. Só de me ver de passagem por baixo dos seus ramos, sabe o meu nome. A natureza toca-se a sim mesma, sem essas projecções de quereres e dizeres, basta-se na unidade de tudo ser como um só, querendo-te assim como és! 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Se eu começar a bater com a cabeça nas paredes, deixem-me ficar! Não me salvem. Prefiro a úlcera da indignação à inercia da palavra, que me traz morta estando ainda viva.