O meu lugar é só. Em todos os lugares tem gente, e em toda a gente me procuro, nas multidões me refugio, em busca de mim. De todos eles fujo, porque em toda essa gente estou só, de uma previsibilidade atroz que me corroí a alma de não saber onde é o meu lugar.
Não sou pássaro de gaiola que pia e se habitua ao som que emite. O meu piar é outro e tudo em mim se agita. Quero ser de fora, num agora sem lugar em que tudo é nosso e somos em todo o lugar.
Tudo tem o seu lugar, quer longe, quer perto, em cima, em baixo, em qualquer lugar que se ensina. Estando longe sou a sombra que se quer viva e a mim me exige que em todo o lado se reveja. Sou uma daquelas horas de passagem, monótonas, sem cor. É preciso que a luz surja e em mim toda se penetre para a que a silhueta se mostre. Sou uma daquelas coisas que a si se exige que regresse uma e outra vez como a si fosse chamada a impor de um tudo quando em tudo não aparece nada. Não posso pedir que venha, não posso dizer que tudo é certo, e que nesta viagem do agora todo o incerto é uma certeza. É a imprevisibilidade que torna a luz a vir, que a traz ao seu tempo e que nos faz surgir das sombras aos nossos lugares.
Não sou pássaro de gaiola que pia e se habitua ao som que emite. O meu piar é outro e tudo em mim se agita. Quero ser de fora, num agora sem lugar em que tudo é nosso e somos em todo o lugar.
Tudo tem o seu lugar, quer longe, quer perto, em cima, em baixo, em qualquer lugar que se ensina. Estando longe sou a sombra que se quer viva e a mim me exige que em todo o lado se reveja. Sou uma daquelas horas de passagem, monótonas, sem cor. É preciso que a luz surja e em mim toda se penetre para a que a silhueta se mostre. Sou uma daquelas coisas que a si se exige que regresse uma e outra vez como a si fosse chamada a impor de um tudo quando em tudo não aparece nada. Não posso pedir que venha, não posso dizer que tudo é certo, e que nesta viagem do agora todo o incerto é uma certeza. É a imprevisibilidade que torna a luz a vir, que a traz ao seu tempo e que nos faz surgir das sombras aos nossos lugares.
Mila!... Tenho acompanhado com muito gosto a evolução da tua admirável escrita. É sempre um lugar seguro e ameno ler-te, ler-te, ler-te muito!
ResponderEliminarPor aqui, ao longo destes anos, tenho entrado na tua alma, pois que a escrita é uma porta que nunca se encerra.
Felicito-te, por estes momentos de intimidade.
Varela Pires