(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Está frio hoje, a árvores estão alinhadas em ponto de fuga, da maior à menor, mesmo a meio, mesmo ao alto. Assim estão de braços levantados, em socorro, em ajuda, nuas, despidas, de folha a folha, uma aqui outra acolá, molhadas, à sorte do vento, à mercê da estrada! Estava a pensar, eu, aqui neste meu canto, neste cantinho quente, no que estarão a pensar, o que as assustou assim quando as vi. Está escuro hoje, talvez por ser Inverno, talvez por a cor não conseguir passar pela água que cobre os céus. É uma chuva que pinga a direito, sem ter certezas do que carrega pelo caminho. Também não acho que se importe muito com isso, é chuva...será que pensa!!Que sabe que estamos aqui, eu no meu canto quente e as árvores a direito, alinhadas, de ponta a ponte, do centro, do meio ao outro, de ramos ao alto...Parece que me olham de frente mas não lhes vejo os olhos, parece que pedem ajuda mas não sei como ajudar, parecem tão iguais, mesmo que as primeiras me pareçam maiores e as do meio mais pequenas, para serem maiores outra vez. São árvores nuas de Inverno, frias no cinzento da chuva que não deixa dar a cor, árvores na noite fria! 

1 comentário:

  1. As minhas árvores nunca sentiram o teu frio... Porque tu as cobriste.

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