De manhã ao frio, quando se sai de casa, a pele gela no rosto, como se uma mão fria nos tocasse. Abro a boca e o calor do corpo sai em vapor quente mas por ter a boca aberta os dentes também esfriam e ao caminhar roçam na parte interior do lábio inferior. A pele aí é diferente, mais macia, talvez pelo constante contacto com a saliva. Roça, emudece, esfria e por entre os dentes o vapor quente surge. Roça e esfria e sem pensar a língua surge entre o lábio e o dente, quente e frio, mole e duro, seco da pele de fora, molhado da pele de dentro. Caminhas e a oscilação de tudo faz esquecer o frio na língua que se agita....
Texto maravilhoso... Não necessita comentário. Tocar numa única palavra, seria quebrar toda a sua magia... Parabéns!
ResponderEliminarObrigada!
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