A lei das cotas não é um acto de direito de competências mas sim um acto de imposição de pessoas, nem um acto democrático, visto que são entregues cargos, apenas por estatísticas, nem um acto edificação dos direitos das mulheres visto que grande parte apenas são vistas como o preenchimento de um lugar, sem qualquer competência. Sim estão lá mas quem as ouvirá, mesmo que falem com competência quando de facto, não estão ali por mérito. Por isso mesmo não concordo com a lei das cotas.
Dizem que é um acto democrático, mas então porquê só as mulheres? Elas são oprimidas, desvalorizadas? Sim, mas também existem muitos mais grupos minoritários; indivíduos de cor, de outra nacionalidade, etnia e religiosidade. Porquê também não atribuir a estes grupos, e outros demais que porventura existam e que com certeza terão muito menos probabilidades de aceder ao meio político do que as mulheres, acesso a esse meio, atribuindo-lhes uma cota.
Não será por falta de oportunidades que as mulheres não entram nos circuitos políticos visto que, em outras áreas já o são em maioria. Na educação já o são e em termos de cientistas, Portugal é o país com mais mulheres ai colocadas. Nas forças armadas, associações de voluntariado (como bombeiros, cruz vermelha), o número de associados femininos, cresce a um ritmo tão acelerado que são necessárias mudanças nas estruturas dos edifícios, como balneários e camaratas para estes novos recrutas que até então não existiam.
Então o porquê de uma, tão pouca participação feminina. Penso que ainda existem poucas mulheres que queiram abdicar de tudo o que têm para ingressar na vida política. Uma mulher é tão capaz ou mais, de exercer estes cargos, ao mesmo nível de qualquer homem, mas o facto é que se o quiserem fazer, terão necessariamente, e por vezes obrigatoriamente de deixar aspectos da sua vida para trás. Um homem por natureza, não dá á luz, não amamenta, uma mulher sim. Então quantas estão dispostas a faze-lo. O homem pode adiar ser pai até aos 60, uma mulher em condições, o mais saudáveis possíveis apenas poderá adiar a sua maternidade até aos 35.
Um bom político é aquele que dedica a sua vida à política e ao bem do seu país, deixando tudo para trás. Quantas mulheres o fariam? Poucas, pois somos seres muitos mais emocionais do que racionais.
Por isso mesmo deixem-nos decidir se queremos ingressar nesse meio, a 100% ou apenas a 30%.
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