Desço a rua. Sinto-me tão segura. Há um mês que não o vejo. Fiquei apenas com a recordação do seu cheiro, do seu sabor, o seu calor…Fecho os olhos e sento-me numa esplanada virada para o mar, infinito, claro, perfeito. Num rasgo do tempo desvio o olhar e ali está ele, do outro lado da esplanada. Será que me viu? Não. Está a olhar para elas, e elas também o desejam. É novo, atraente, com boa imagem. Já passou por todos estes bares e todas elas o viram. Também não conseguem resistir. Qual será o seu sabor, o seu cheiro, o seu toque? Assim se perguntam, mas elas sabem que o que restará no fim, será apenas uma recordação. Ainda tenho no corpo as marcas do nosso último encontro, marcas cravadas a ferro e fogo, para que todos vejam que fui tua. Por um tempo, pouco, louco, mas tempo. E agora aqui está ele, não me vê, pouco importa, ele sabe que o voltarei a procurar, mais, mais, e mais.
Porque é que eu não consigo resistir? Digo sempre para comigo, é agora, acabou, não me vou humilhar mais, mas cada vez que olho para ele, voo no seu odor, nas suas ondas de calor, no prazer das minhas recordações. Como poderei resistir à tentação, os meus pensamentos inundam-me. Levanto-me e caminho na tua direcção, mas desta vez não vou desviar o olhar, quero que saibas o que te vou fazer, como te vou despir dessa tua roupa plástica, fria, mas que esconde um corpo quente e perfeito. Continuo a caminhar, cada vez mais perto e mais perto estão os meus pensamentos, mais perto, mais perto, olho para ti e tu para mim e num instante, um leve rubor sobe à minha cara, estou perdida.
Alguém me toca de leve no braço, é o dono do bar. Posso ajudar? Sim. Quero comprar este gelado de chocolate que está aqui mesmo à minha frente. A minha única tentação.
(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Lei das cotas
A lei das cotas não é um acto de direito de competências mas sim um acto de imposição de pessoas, nem um acto democrático, visto que são entregues cargos, apenas por estatísticas, nem um acto edificação dos direitos das mulheres visto que grande parte apenas são vistas como o preenchimento de um lugar, sem qualquer competência. Sim estão lá mas quem as ouvirá, mesmo que falem com competência quando de facto, não estão ali por mérito. Por isso mesmo não concordo com a lei das cotas.
Dizem que é um acto democrático, mas então porquê só as mulheres? Elas são oprimidas, desvalorizadas? Sim, mas também existem muitos mais grupos minoritários; indivíduos de cor, de outra nacionalidade, etnia e religiosidade. Porquê também não atribuir a estes grupos, e outros demais que porventura existam e que com certeza terão muito menos probabilidades de aceder ao meio político do que as mulheres, acesso a esse meio, atribuindo-lhes uma cota.
Não será por falta de oportunidades que as mulheres não entram nos circuitos políticos visto que, em outras áreas já o são em maioria. Na educação já o são e em termos de cientistas, Portugal é o país com mais mulheres ai colocadas. Nas forças armadas, associações de voluntariado (como bombeiros, cruz vermelha), o número de associados femininos, cresce a um ritmo tão acelerado que são necessárias mudanças nas estruturas dos edifícios, como balneários e camaratas para estes novos recrutas que até então não existiam.
Então o porquê de uma, tão pouca participação feminina. Penso que ainda existem poucas mulheres que queiram abdicar de tudo o que têm para ingressar na vida política. Uma mulher é tão capaz ou mais, de exercer estes cargos, ao mesmo nível de qualquer homem, mas o facto é que se o quiserem fazer, terão necessariamente, e por vezes obrigatoriamente de deixar aspectos da sua vida para trás. Um homem por natureza, não dá á luz, não amamenta, uma mulher sim. Então quantas estão dispostas a faze-lo. O homem pode adiar ser pai até aos 60, uma mulher em condições, o mais saudáveis possíveis apenas poderá adiar a sua maternidade até aos 35.
Um bom político é aquele que dedica a sua vida à política e ao bem do seu país, deixando tudo para trás. Quantas mulheres o fariam? Poucas, pois somos seres muitos mais emocionais do que racionais.
Por isso mesmo deixem-nos decidir se queremos ingressar nesse meio, a 100% ou apenas a 30%.
Dizem que é um acto democrático, mas então porquê só as mulheres? Elas são oprimidas, desvalorizadas? Sim, mas também existem muitos mais grupos minoritários; indivíduos de cor, de outra nacionalidade, etnia e religiosidade. Porquê também não atribuir a estes grupos, e outros demais que porventura existam e que com certeza terão muito menos probabilidades de aceder ao meio político do que as mulheres, acesso a esse meio, atribuindo-lhes uma cota.
Não será por falta de oportunidades que as mulheres não entram nos circuitos políticos visto que, em outras áreas já o são em maioria. Na educação já o são e em termos de cientistas, Portugal é o país com mais mulheres ai colocadas. Nas forças armadas, associações de voluntariado (como bombeiros, cruz vermelha), o número de associados femininos, cresce a um ritmo tão acelerado que são necessárias mudanças nas estruturas dos edifícios, como balneários e camaratas para estes novos recrutas que até então não existiam.
Então o porquê de uma, tão pouca participação feminina. Penso que ainda existem poucas mulheres que queiram abdicar de tudo o que têm para ingressar na vida política. Uma mulher é tão capaz ou mais, de exercer estes cargos, ao mesmo nível de qualquer homem, mas o facto é que se o quiserem fazer, terão necessariamente, e por vezes obrigatoriamente de deixar aspectos da sua vida para trás. Um homem por natureza, não dá á luz, não amamenta, uma mulher sim. Então quantas estão dispostas a faze-lo. O homem pode adiar ser pai até aos 60, uma mulher em condições, o mais saudáveis possíveis apenas poderá adiar a sua maternidade até aos 35.
Um bom político é aquele que dedica a sua vida à política e ao bem do seu país, deixando tudo para trás. Quantas mulheres o fariam? Poucas, pois somos seres muitos mais emocionais do que racionais.
Por isso mesmo deixem-nos decidir se queremos ingressar nesse meio, a 100% ou apenas a 30%.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Olha para mim
Tenho tanto para escrever e nada para dizer. Tanto para falar e nada para contar. Estou aqui, mas não estou. Estou longe, mas consigo te sentir. Onde estou?
Caminho ao longo de uma longa estrada, curta demais? Talvez. Encontro-me numa encruzilhada, espero por um sinal que me diga para onde ir. Não vem, ou veio e não vi, sim, não, talvez. Fecho os olhos e vou em frente, uma frente, das quatro, mas qual? Não sei, não importa, agora não, agora sim, Onde estou? Para onde vou? Onde estou?
Olha para mim, estou a ver, ali está, a vida está a passar, estou a ver, quão bonita é, eles sentem-se felizes, também eu. E Quando, Tanto, Demais, choro pela sua felicidade como se fosse só ela, ela mesma, a deles e a minha, só a felicidade,
Olha para mim, estou a ver, voltei, aqui está ela, a estrada, Onde estou? Aqui? Sim, não. Olho para trás, foi ali, ali eu a vi, fui eu a sua audiência, minguem me viu, mas eu vi, ela mesma, a deles e a minha, só a felicidade
Fecho os olhos, vou dormir, espero, dormir, dormir, dormir.
Desisto, olha para mim, estou a ver, a estrada é longa, curta demais? Talvez.
Caminho ao longo de uma longa estrada, curta demais? Talvez. Encontro-me numa encruzilhada, espero por um sinal que me diga para onde ir. Não vem, ou veio e não vi, sim, não, talvez. Fecho os olhos e vou em frente, uma frente, das quatro, mas qual? Não sei, não importa, agora não, agora sim, Onde estou? Para onde vou? Onde estou?
Olha para mim, estou a ver, ali está, a vida está a passar, estou a ver, quão bonita é, eles sentem-se felizes, também eu. E Quando, Tanto, Demais, choro pela sua felicidade como se fosse só ela, ela mesma, a deles e a minha, só a felicidade,
Olha para mim, estou a ver, voltei, aqui está ela, a estrada, Onde estou? Aqui? Sim, não. Olho para trás, foi ali, ali eu a vi, fui eu a sua audiência, minguem me viu, mas eu vi, ela mesma, a deles e a minha, só a felicidade
Fecho os olhos, vou dormir, espero, dormir, dormir, dormir.
Desisto, olha para mim, estou a ver, a estrada é longa, curta demais? Talvez.
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