(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

domingo, 7 de julho de 2013

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Existe um olhar nosso nesse teu reflexo em que te vejo. Alguma coisa que ambos vemos cada vez que o nosso olhar se cruza. Penso que o reconheço mas penso apenas...por isso te vejo e revejo tantas vezes quantas posso, quantas vezes tento, nem todas quantas quero, nem todas as que consigo. Foges e não te consigo  agarrar, puxar para mim e fazer-te ficar aqui. Talvez te conseguisse chegar, talvez te pudesse fazer querer, embora não me tivesses pedido  nada, ou talvez peças...
Estico o braço, no impulso primitivo do instinto, na velocidade do tempo em que decorre a acção. Um dedo se forma, na carne em que agora se encontra e assim que te toca, na imagem desse momento encontrado, e já não estás no que te vi. 
Sei que está aí, mesmo quando não te encontro, no reflexo em que te vejo!
Estranho como nos deixamos ficar, render, na inocência do momento, sem possuir, ao que nos agarrou. E passamos a viver nesse limbo de prazer alimentado-nos apenas com a sua presença, com o que o nosso olhar consegue ver.

1 comentário:

  1. Respiro... e sei que já vieste. Há uma rosa na manhã agreste. Somos limite uns dos outros, alcançando-os com as nossas mãos...

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