Mas, não é...não é o certo e o errado, o que vejo do outro lado da ponte, o que tens e permites que assim é, pois se não fosse assim não seria. O que é nem sempre é como vês, como se apresenta, como desliza na tua fronte, debaixo dos teus olhos míopes das luz da manhã ou do entardecer. Não, não é, nem sempre é o quente da carne, o vento que corta no pescoço nu e presente de ti, completo em ti, que espera por ti, que te solta, te desamarra em aspirais ascendentes, até não saberes mais o que é...Não, não é...nem sempre é...
Mas, não é...sempre assim não é, se fosse sempre não entenderia, nos socalcos da estrada, nos abismos dos dias, nos intervalos dos tempos, na lonjura dos espaços, na imensidão dos mares que nos cruzam e separam, não saberia sentir, não entenderia o sentir que nessas horas te trazem mais perto. O pensamento e a arte da carne formam e fecundam num só, o que se fez da ideia à poesia...
Diferentes olhares, diferentes "leituras", um único gesto de amor... Tocaste com as tuas mãos no sonho. E maravilhosamente...
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