(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Como é que te sentes, Emília?

O tempo parou, parou de rodar e eu parei com ele! Não sei onde estou, que lugar é este que me cerca, que chão é este que calco de pés descalços, que água é esta que corre, que céu é este que me cobre. Não sei nada! Estou parada essa é uma certeza mas certeza de quê se ainda agora vos escrevo. Vocês estão em mim, não posso esquecer, meu arco-íris dourado, meu sol sem fim...Sim, o amor não pára, não deixa de rodar, ainda que eu lance ancoras ao chão e diga alto. Essa inocência na doce imaginação minha em que vos crio, existe, é real e verdadeira, ainda que digam que não, que é fantasia, pura imaginação de artista inventor do nada. Risos, brincadeiras, círculos de festas e música vos embalam, na roda em que vos cerco!

1 comentário:

  1. Sobrevivo, somente?...
    Sabes bem melhor do que eu da necessidade de estares ligada a uns braços, a um corpo, ao teu espírito que te dá a imagem do que tu sentes seres tu e não outrem quem quer que seja.
    Deixa que te salvem do "naufrágio" sem culpas, da suavidade extrema e finita do anoitecer... Nada parou de rodar, nem tu, nem o tempo. Somente, deixaste por alguns momentos de te importares contigo mesma, de te sentires no feminino teu, e não no feminino com que os mais olham de ti. Teu olhar ausente e e sussurrante, corpo apetecível como uma canção, ombros feitos barco em mar sereno.
    ........................ Espaço para o teu nome...
    Minha voz em tua suprema ardência, meu corpo ondulando nas sinuosidades do teu, em apelo íntimo. O chão que calcas com os teus pés, são a estrada de luzes e mágoas que outros fizeram em mim, quando de ti ainda não ouvira falar. "O amor não pára"... Que seríamos de nós sem o amor a rondar-nos os sonhos, a pertinência do olhar, o corpo desejoso e ávido de sal, âncora onde te espero, onde a minha doce imaginação te distingue por entre todas as sombras nocturnas. Meu corpo vai na roda que me cerca, tal como o teu, mas é a todo o instante reconhecimento de ti.
    Para lá de qualquer tempo....
    ..... A voz quetorna...
    Aperfeiçoo o teu regresso, o teu regresso a mim mesmo, consumindo o prazer que despertaste na minha carne insubstuível. Lembro-me de teres sulcado de carícias e nervuras o meu peito, porém não me lembro da minha inocência, não me recordo de ter abandonado o meu corpo algures, na volúpia do sonho, em nenhum lugar desabitado de nós. Num espaço de ternura e estremecimento, onde a fantasia?... Onde os contornos de ti, onde qualquer possível alameda de sofrimento?...

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