Deixem-me rir, deixem-me rir alto, da loucura que nos invade no momento em que se ri, de gargalhadas sonoras, estridentes, incomodativos, censuradas, reais e verdadeiras. Deixem-me rir do meu próprio riso que me faz esquecer qual o riso primeiro. Deixem-me rir sem memória, sem saber do que rir, rir apenas rir.
Deixem-me rir, ficar no rir. Não me façam parar nessas curvas , não me façam abrandar nessas linhas, deixem-me rir como se não soubesse o que era e mesmo agora o tenha descoberto, e como prenda aberta deixem-me tomar posse do meu novo brinquedo, desmonta-lo e monta-lo as vezes que quiser mas que seja meu, assim como veio assim quero que fique, com longas e demoradas cerimónias. Deixem-me rir antes que me esqueça...
Uma espécie de Elogio do Riso!
ResponderEliminar... Como se na sombra da noite pudessem surgir alvoradas, gargalhares mutilados, lenços de lágrimas, lenços de alegrias, bocas de riso, sonoras e precisas, mar de ironias e de depreciação, porque o riso em si sempre foi maior do que o simples acto de rir! Infinitamento riso.