Gostava de não ser eu, mas um eu mais maleável, acessível, corruptível, possível de ser.
Mas depois de ser esse outro ser que não eu mas outro, gostaria de sê-lo não conhecendo este outro deste lado ou quereria voltar a ser o que sou, pois o que sou é um só, inegável, inviolável, impossível de ser ou ter, que não sabe ou soube ou saberá jamais o que é ser.
Interessante os teus trocadilhos.
ResponderEliminarGosto da forma como baralhas e partes "as cartas"!!!
Obrigada Cides...
ResponderEliminarGostamos de ser o que não somos, porventura sem termos sido verdadeiramente o queparentamos ser. Ser é ficar, permanecr, enfrentar o próprio Ser, sem o ser. Não?!...
ResponderEliminarSim.
ResponderEliminarMas é duro ser eu, permanecer fiel a mim mesma quando o mundo em volta nos exige "igualdade" de atitudes. Lutar exige esforço diário, perdas irrecuperáveis do que achávamos que nos iria fazer satisfazer a alma e o espírito, mesmo que a razão nos tenha dito que não, deste o início. Luto para ter a cara e o coração lavado e poder dizer eu sou...
ResponderEliminarCompreendo e assimilo... É uma luta quase sem fim, "permanecermos fiéis" a nós mesmos, neste oceano de desigualdades e egocentrismos, mas ainda acredito que vale a pena, Emília! Temos primeiro de gostar de nós, para podermos depois gostar do outro, dos outros... Esse esforço diário tem de ser acompanhado por solidariedade, por apoio, por uma voz audível sempre em diálogo connosco, pela palavra oportuna e amiga, pelo amar desmedido (sim, porque para se ser alguém é preciso amar muito!...), e ainda pela compreensão imprescindível, pela dissolução de nós no próximo... em prol do que se chama dedicação, que é uma das formas de cativar momentos felizes, que nos clamam sol.
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