(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Pó das estrelas
Estivemos todos juntos no inicio, nessa grande imensidão do espaço. Átomos, carbono, nitrogénio e oxigénio, temos a mesma massa que as estrelas. Mas esse início também teve um fim. Quando morrem, as estrelas massivas chamadas supernovas explodem expelindo todo o seu material para o espaço interestelar para que possam fazer parte de outras estrelas, planetas e pessoas. Todo o carbono que contém matéria orgânica foi produzido originalmente nas estrelas.
Passaram três anos desde que partiram e parece que foi hoje de manhã. Por vezes penso que tudo é um mau filme em que posso a qualquer momento agarrar no comando e voltar ao momento em que mesmo sabendo que não poderia alterar em nada o curso da história, mas que talvez, talvez, e olhando agora para trás, talvez pudesse pelo menos tentar.
“Tu és pó, e em pó te hás-de tornar”. Um dia os nossos corpos voltarão ao seu estado primitivo, os átomos voltarão a se reorganizar em novas formas e talvez nesse dia sejamos; areia do mar, arvores cujos ramos se tocam, duas pessoas que atravessam o mesmo passeio, companheiros de viagem, amigos que se abraçam, e outra vez, pó das estrelas.
Sem dizer adeus, Laura e Lara, ainda vos amo.
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”
Lavoisier
quinta-feira, 21 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Ilusões
Apetece-me chorar mas esta tremenda raiva que me corta a garganta como uma faca, não me deixa. Não consigo permitir-me a desistir, a sufocar nessa tristeza dúbia que não te ajuda mas te afunda. Sinto que lutei na grande batalha, desferi todos os golpes no meu adversário mas fui eu que perdi. E o porquê vem a seguir, vem sempre. Aliás é o único que resta. A divina interrogação.
Iludo-me a mim mesma ao sorrir nessa vitoria que não ganhei, que não me trouxe o troféu final, cujo qual já nem sei qual era.
Estou cansada desta inércia, da morfina que me atordoa os sentidos. Olho para o relógio e penso mais um minuto e vou, mais um minuto e faço. Ilusões perdidas nos sonhos.
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