(Este blog é totalmente dedicado a Laura e Lara, para quem todas as mensagens que aqui posto, me dirijo. Sem dizer adeus.)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Somos o "produto" de todas as nossas vivências... ?!
- Não! Somos o que fazemos com elas nas nossas vidas...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tu crias um tempo dividido no Tempo, e na tua desorganização tens a fantasia da certeza de possuir o que não tens mas como não sabes pensas e assumes que tudo tomas como certo. Não existem números que te ajudem a dividir a matemática da vida, ela é antes de nós sermos, tu e eu, já é formada, constituída por uma tempo que tudo cerca.
O Tempo não existe, o Tempo é o agora. O Tempo de ontem, o Tempo de amanhã é o mesmo que o presente. Eu sou o todo que se formou e o que há-de vir, não existo em separado como em folhas de papel rasgado, arrancado viciosamente à linha que me cozeu. Sou o puzzle, o conjunto inacabado que nem depois da morte se agrupa e tem final. Não sou segundo, hora ou minuto, sou momento, emoção e movimento, assente e presente no sentido ascendente. O Tempo é o agora no veludo carmim da carne que nos cobre mas mais fundo ainda, na pele que se vestiu e veste, na que há-de vir a seguir a esta. Todo o Tempo é um só.

domingo, 19 de maio de 2013

Serei  louca
Porque dizem que o que vi não é o que vi
Mas ou vimos o mesmo ou um de nós mente
Eu não estou louca
Que Mundo é este desde mundo
Que Reino
Que Praias são estas deste mar
Quem sou e onde vou
Não sei e tu o saberás

quinta-feira, 16 de maio de 2013

"Da ideia à poesia..."

Mas, não é...não é o certo e o errado, o que vejo do outro lado da ponte, o que tens e permites que assim é, pois se não fosse assim não seria. O que é nem sempre é como vês, como se apresenta, como desliza na tua fronte, debaixo dos teus olhos míopes das luz da manhã ou do entardecer. Não, não é, nem sempre é o quente da carne, o vento que corta no pescoço nu e presente de ti, completo em ti, que espera por ti, que te solta, te desamarra em aspirais ascendentes, até não saberes mais o que é...Não, não é...nem sempre é...
Mas, não é...sempre assim não é, se fosse sempre não entenderia, nos socalcos da estrada, nos abismos dos dias, nos intervalos dos tempos, na lonjura dos espaços, na imensidão dos mares que nos cruzam e separam, não saberia sentir, não entenderia o sentir que nessas horas te trazem mais perto. O pensamento e a arte da carne formam e fecundam num só, o que se fez da ideia à poesia...

sábado, 4 de maio de 2013

"Estou a ficar velha"

Quando era pequena para poder alcançar o meu pai tinha de correr, porque embora ele fosse pequeno em estatura parecia que tinha uma pernas de corredor e por muito que saíssemos mais cedo para a rua e eu perguntasse pelo pai, o pai não vem? A minha mãe sempre respondia - não te preocupes, ele consegue alcançar-nos, daí a pouco ele está aqui. E eu olhava para a curva da estrada e não o via, e voltava a olhar e já o via. 
Agora sou eu que tenho de minguar o passo para esperar por ele, olhar para trás à espera, já não posso ir mais cedo...Estou a ficar velha...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Imaginação, perfeita ilusão de mim própria.
Peso grande para eu carregar
Que não posso perder, que não posso ganhar
Que não consigo matar
Que não morre
Me persegue dia e noite e me leva à exaustão
E não existe saída, não posso fugir
Fugir para onde, se onde é aqui que estou
Certa foi a hora em que nasci para isto
Ninguém me disse o que fazer
Ninguém sabe o que é ter
Nem eu nem a hora em que existo